sexta-feira, 6 de novembro de 2009
L'étranger
...sem exíguo, sem forma...
...Meus olhos doem, queimam na sutil nostalgia sútil de um pernicioso tempo, queimam nesta velha matéria com a bestial aurora do novo; de falsas margens, que dão vazão a falsas certezas de rebanho; de produtos inanimados, cabalmente criados.
Não sou o eu de mim mesmo, sou o eu de palavras e mudas de outrora existência, celebrando o nascimento de um estrangeiro, de uma renovação saudosista...
...Sem norte, sem linhas...
...A instabilidade desconfortável de um mecanismo absconso, de uma revolução natural, decorre a cada inspiração/expiração; a cada poesia corrompida ou construída pela hospitalidade do ser, com uma paixão suicida e opulenta de anseios, que afagam como um áporo drummondiano...
"Não há normas. Todos os homens são excepção a uma regra que não existe".
Fernando Pessoa
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Stoicheion
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Absconditum Mentis

Vida, substantivo comum? Abstrato? Concreto? Ou por que não dizer próprio?
Há homens que se tornam hipocondríacos por um suspiro de compaixão, por uma derivação daquilo que o homem aprendeu a chamar de vida, daquilo que nega com suas enfermas e devotas ações ao reino da fábula.
A moralidade vem à face, em uma tendência de desejos transbordantes na mais solitária carne...no mais ardor anseio.
"Uma coisa apenas: essa densidade e essa estranheza do mundo, isto é o absurdo."
Albert Camus
domingo, 29 de março de 2009
Pereat mundus, dum ego salvus sim!
Sentir...olhar...
...eu visto o ar, eu calço o chão, enquanto vozes vertiginosas compõem e denotam o meu pensar.
Vivenciar...
...atributo este irreconciliável? Ausente peça intérprete de um andarilho despojado de cólera e grilhões?
Pulsar...
...entre as linhas da falácia presente na ação de enaltecer o vigoroso pulsar.
Desfrutar...saborear...
...a debilidade depascente do meu anseio e esperar...
...esperar...
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Natura Non Facit Saltus

Frenesi existencial toma consciência de uma identificação, de linhas e traçados que conduzem a um labirinto minimalistico dos corpos que dançam e respiram movimentos aleatórios.
Revoluções injetam uma força eruptiva e enferma pelos rostos perdidos no movimento de águas famintas, força esta fecunda até os ossos, ignóbil aos que não anseiam viver sem máscaras.
E aqui me encanto tornar-me parte deste ritual, na passividade de tais anseios, de tais traçados de corpos passivos a bailar pelo que chamam de vida, ao que chamam de lar ou mesmo cidade.